sexta-feira, 25 de março de 2011

SINAIS

Queridos,

Eu estou numa fase de achar que tudo são mensagens. Como se Deus estivesse me mandando sempre recados ou sinais para onde ele quer que eu siga. Como se as coisas começassem a fluir suavemente quando sigo Sua direção mas o peso parece maior do que o que realmente é quando cismo em contrariá-Lo. Então fiquei mais atenta aos sinais que o Senhor tem me enviado.
Logo depois da queda, apesar da raiva, medo e da frustração de ficar tanto tempo sem andar, eu comecei a procurar o que de fato Ele queria me dizer com tudo aquilo, toda aquela purgação. Eu estava presa em casa, dependia de todos para tudo e não podia engordar neste período parada. Então eu comecei a cuidar melhor da minha diabetes. Fui equilibrando a glicemia, a nova insulina e...

domingo, 3 de outubro de 2010

TRISTEZA

Há alguns anos não me sinto tão mal. Sempre fui chegada a um toque de depressão nos momentos mais difíceis da minha vida. Na adolescência, não ser amada pelo escolhido rendia noites e noites de lágrimas. No fundo do poço eu já nem sabia o que doia tanto. Mas hoje, depois de tantos outros sofrimentos, sei que é o desamor que me queima por dentro.
Desta vez...um outro é o responsável pela dor profunda que me consome o peito. E sempre acontece quando eu me sinto mais indefesa, frágil, incompleta. Lembro de ter ficado muito mal quando meu segundo filho nasceu. Hoje eu até penso que tive depressão pós-parto mas como todos ignoraram meu sofrimento, a fase passou. Eu lembro de querer sumir, arrumar a malas e largar tudo, toda a história mas não conseguia...estava vulnerável, dependente.
Ano passado, ficar meses sem andar...dependendo dos outros me levou a uma nova fase depressiva. Sofri muito mas sobrevivi. Voltei a minha vida e rotina e tudo foi esquecido. Voltei a ficar presa a uma perna recém operada e parece que o mundo caiu novamente nas minhas costas. Então eu fico achando que não sou eu que estou vendo tudo negro. A verdade não é colorida como eu achava porque...eu posso estar presa numa realidade que de fato não existe. Estou desconsolada. E calada...
Nem as palavras vão conseguir expressar minha profunda tristeza e nem de perto encontrar sua real motivação. Sonho em voltar a vida, andar e sumir...largar tudo! Terei coragem? Será o certo?
Como podemos nos machucar tanto com as pessoas mais próximas de nós! Como deixamos que isso aconteça? Como conseguem?

O que posso fazer?

terça-feira, 17 de agosto de 2010

CHÁ DE BEBÊ DA LAURA!


Tenho acompanhado as belezas que o grupo do site Criative-se tem divulgado. Eu não sou tão prendada quanto elas, e acho que nem tão animada mas tenho meus momentos de pura imaginação. Então resolvi dividir isso através deste meu blog pessoal em que conto um pouco da minha vida, mostro um pouco do que faço para fazer uma memória do que vivi e aprendi. Vou mostrar o que eu preparei para o Chá de Bebê da Laura, minha sobrinha, filha da minha irmã Glaucia no dia 06 de maio de 2010. Ela nasceu antes do Chá de Bebê e, por isso, arrumei os preparei a festa para as fotos que vcs vão ver a seguir. Espero que gostem!

Na mesa: vaso com flores de jujubas, mini doce de abacaxi, torradas e geléia de damasco, mix de nuts,
brownie de chocolate, aperitivo de romeu e julieta e de ameixa com damasco,
embrancinhas com mini confetes de chocolates e doces de criança. 
As flores de jujubas fizeram um sucesso já na maternidade. Como elas já estavam prontas para o chá...que não aconteceu eu as levei como um buquê para ver minha sobrinha na maternidade. 

Brownie de chocolate em receita que deu certo. Corte em círculos com um copo pequeno. Fiz estas plaquinhas com nomes para dar um charme a la Criative-se. Gostaram?

Laurinha não viu nada disso. Mas acho que ela gostou do carinho! Olha que gracinha!
Beijos fofa!!!

Até a próxima 


quinta-feira, 5 de agosto de 2010

A VIDENTE

“Ela disse que um loirinho vivia admirando eu passar de lá pra cá.”



Sempre quis viajar, conhecer o mundo e meu sonho era poder viver no exterior por um tempo. Após 4 anos namorando um guia de turismo, eu acreditava que estava no caminho certo. Ele era moreno, alto, tinha cabelos pretos e gostava de mim. Ele viajava muito e eu me sentia sozinha, insegurança quanto ao nosso possível futuro. Comecei a pensar que ele ainda gostava da ex-mulher e decidi procurar uma vidente para tirar esta dúvida. Um dia antes da consulta, avise a um dos meus colegas do banco, o Mario, que chegaria atrasada.

A vidente era uma velhinha que se movimentava com dificuldade. De olhos fechados perguntou o motivo da minha visita. Contei sobre o meu namorado, suas constantes viagens e sobre as suspeitas que tinha com a ex-mulher dele. Queria prever o futuro desta relação. Ela sorriu e, ainda de olhos fechados, disse: “Eu estou vendo um loirinho olhando para você. Ele fica olhando você passar. Ele gosta muito de você.” Mas eu não queria saber de loirinho nenhum já que meu namorado tinha cabelos da cor da graúna de tão pretos. Ela continuou falando sobre o loirinho, perguntou se eu o conhecia. Contrariada, tentei vasculhar minha memória mas não encontrei ninguém parecido. Insisti para saber sobre meu namoro e sem demonstrar muito interesse ela disse: “Ela quer ficar com ele sim. Se você quiser fazer algo, eu posso até ajudar, mas primeiro descubra quem é este loirinho que sorri e suspira quando você passa”.

Saí da consulta decepcionada e fui rapidamente para o trabalho temendo alguma bronca do chefe. Assim que entrei na agência, encontrei meu amigo e revelei em tom de brincadeira onde eu tinha ido naquela manhã:

- Mario, estive hoje com uma vidente e ela me disse que tem um loirinho apaixonado e que não tira os olhos de mim. Eu acho que é você, heim...- e sai rindo porque naquele momento eu percebi que ele era o único rapaz louro com quem eu me relacionava.

Ele ficou mudo. Depois, sorriu tímido. Mais tarde, me convidou para almoçar sob o pretexto de falarmos sobre a tal consulta. No caminho, silêncio. Ele não comeu nada e parecia querer me contar alguma coisa. Antes mesmo de nos levantarmos da mesa ele declarou:

- Sheila, eu acho que esta vidente estava mesmo certa. Eu sou este loirinho que fica de observando e te paquerando. Eu estou apaixonado por você.

Fiquei perplexa. Jamais percebi seu interesse. Sabia que ele morava com uma mulher e tinha uma filha do primeiro casamento. Na hora, fiquei lisonjeada, mas não sabia o que fazer. No caminho de volta para a agência, nós já estávamos diferentes. Eu senti como se um cupido tivesse atirado uma flecha em meu coração. Fiquei com frio na barriga e já não parava de pensar em suas palavras e no desejo que eu começava a sentir por ele.

Tudo aconteceu numa quinta-feira no final de outubro de 1996. No dia seguinte, almoçamos juntos e trocamos o primeiro beijo. Fiquei apaixonada. Meu namorado estava na Bahia à trabalho e eu vivendo aquele turbilhão de emoções. À noite fomos ao cinema e namoramos como num verdadeiro encontro de almas gêmeas. No sábado seguinte, terminei o namoro. Disse que encontrara outra pessoa e que estava magicamente apaixonada. O Mario deixou a mulher e saiu da casa dela neste mesmo fim de semana, no domingo, e voltou a morar na casa de seu pai.

Marcamos o “casamento” para fevereiro próximo à data do meu aniversário: 19. Como não podíamos casar na igreja, uma cliente do banco que era costureira se ofereceu para fazer um lindo vestido para a ocasião. Ganhei um bolo lindo feito pela minha madrinha e chamamos os mais próximos para comunicar nossa união. Financiamos a compra do nosso apartamento e montamos a casa sozinhos com o nosso trabalho. Seis meses depois fiquei grávida. Tivemos nossa filha Bruna e a filha dele Mariana que tinha 6 anos ficou toda contente com a chegada da irmãzinha. Em 2004 engravidei novamente e ganhamos o André Felipe, um lindo menino que completou nossa família. Hoje, são mais de 10 anos de casados numa vida de muito amor, mesmo sem nunca termos saído Brasil. Tenho a certeza de que este lorinho é, sem dúvida, o melhor homem que o destino poderia reservar para a minha vida.

Beijos

S.H.

AOS 15, A DESCOBERTA DO DIABETES

Meus filhos não acreditam quando digo que já fui uma adolescente um dia. Ficam rindo imaginando a mãe com 15 anos. E foi justamente com esta idade que enfrentei um dos meus mariores desafios na vida. Meu pai havia me dado de presente de 15 anos uma viagem para os parques da Disney. Iríamos em 4: eu, minha amiga Daniela da escola, minhas primas Sônia e Denise. Pagamos o pacote com os ingressos para o parque e já estávamos nos preparativos do passaporte quando comecei a perceber que algo não estava indo muito bem. Primeiro eu vinha sentindo dores ao urinar. Suspeitávamos de infecção urinária e procuramos um médico. Após ele ver os exames revelou que a glicose estava alterada e que eu precisaria seguir uma dieta e parar com as atividades físicas. (Mas como assim?). Depois eu entendi que eu já vinha apresentando os outros sintomas como beber muita água, perdi peso rapidamente e vivia cansada.
A iminência da viagem transtormou tudo num grande drama. Procuramos um especialista: o doutor Francisco Arduíno. Muito amável ele nos apresentou a nova vida com a doença e disse que tudo ficaria bem. Perguntamos se eu poderia viajar mas ele disse que não era recomendável pois eu ainda precisaria de mais tempo para me adaptar à dieta e aos novos hábitos como medir a glicemia e tomar a insulina antes de partir em viagem sozinha. Fiquei arrasada! Cancelamos a viagem. Elas foram. Trouxeram nas malas doces diets e garrafas pets de 2 litros de coca diet (na época, aqui não existia nada diet) e muitas lembranças. E eu fiquei aqui.
Anos mais tarde, eu já trabalhava e tive a oportunidade de ir para Miami. Conheci os parques e realizei meu sonho. Mas foi difícil na época...isso foi.
Um beijos e até outra história!

S.H.

domingo, 18 de abril de 2010

A AMIZADE QUE NASCEU NA MATERNIDADE

O nascimento da minha primeira filha Bruna foi uma grande surpresa. Era maio de 1998 e eu já estava no oitavo mês quando fui fazer um exame para verificar os batimentos cardíacos da criança. Meu pai me acompanhou no exame e ficamos assustados com o resultado. A médica Informou que eu deveria procurar meu obstetra imediatamente porque minha filha estava em sofrimento fetal. Fomos direto para a casa de meu pai e de lá para a maternidade, na Tijuca. Avisamos meu marido que estava no trabalho e ele ficou encarregado de levar as bolsas. O medo foi tanto que fiz xixi na cama da minha mãe quando o médico informou que o parto aconteceria naquele mesmo dia: 19/05.


Já no quarto do hospital, a espera não durou muito pois o bebê viria através de uma cesariana pois o cordão umbilical estava enrolado no pescoço do bebê. Bruna nasceu às 23:49 com 4.200g e 49 cm. Linda e grandona!!! No dia seguinte eu ainda sentia o desconforto do parto. Minha companheira de quarto, Soraia, teve seu filho, o Thales, naquela mesma noite e por ter feito parto normal já conseguia ficar de pé e foi sozinha tomar banho. Nossos bebês chegaram no quarto e foram entregues pelas enfermeiras tão rapidamente que mal sabíamos o que fazer com eles. Pedi à Soraia que levantasse um pouco a cama para que eu pudesse amamentar ainda deitada. Algo que não foi tão fácil quanto eu pensava. Mas...com amor e paciência tudo que precisávamos aprender naquele momento foi tirado de letra.

Na parte da tarde recebemos a visita dos maridos, amigos e parentes próximos. Era um tal de um olhar o bebê da outra. O pai, na época, estava com o pé fraturado com vários pinos de fixação externa. Fiquei imaginando o quão difícil seria o dia-a-dia da Soraia quando saísse do hospital com um filho recém nascido e um marido naquele estado. Eles moravam próximo à casa do meu sogro e nossos maridos trocaram informações sobre o bairro. Quando ela foi embora, ofereci um ursinho branco que era lembrança da maternidade pelo nascimento da Bruna. Ela agradeceu e partiu antes de mim que ainda fiquei internada por mais dois dias.

10 anos depois...minha filha voltou da escola de me contou: “- Mãe, sabia que um colega da van nasceu no mesmo dia que eu: 19/05/98?”. Eu perguntei o nome do garoto e ela disse: “- Thales.” Eu não acreditei. Aquele nome não era estranho...de onde eu o conhecia. Lembrei-me do nascimento da Bruna, do hospital  na Tijuca, mas não tive certeza do nome da criança. Pedi para que minha filha no dia seguinte perguntasse se ele nascera no mesmo hospital e se o pai dele estava com o pé fraturado quando ele nasceu. Achei que a criança teria visto as fotos da época e confirmaria as informações sem dificuldades. Quando a Bruna voltou da escola, logo falou:” Lembra do que você me pediu para perguntar hoje para uma certa pessoa da escola?” Eu disse que sim. “ - Mãe ele disse que nasceu lá mesmo e que o pai realmente estava machucado na perna quando ele nasceu”.

Eu quase caí para trás. Depois de 10 anos, por acaso, as duas crianças que estiveram num mesmo quarto de hospital quando nasceram se reencontraram em um mesmo transporte escolar. Consegui o telefone da Soraia e no dia 13 de fevereiro de 2009 liguei para ela revelando aquele mistério do acaso. Ela também ficou surpresa e contente com a incrível coincidência. Quanto ao Thales e a Bruna, acho que eles terão uma curiosa história para contar para seus amigos!!!

Inauguro meu blog hoje com esta história. Minha idéia é contar passagens da minha vida para que, um dia, meus filhos possam saber pela leitura de como eu penso, o que me marcou nesta vida e...quem sabe...algumas lições que deixarei de herança para o futuro.

Até mais!